Imediatamente após comprar meu Argo HGT AT6 em Maio do ano passado, comecei a reclamar dos problemas do start-stop, da dificuldade de carga da bateria e das panes elétricas que a bateria sub-carregada começa a desencadear no carro. Imediatamente surgiram aqueles dizendo que era tudo uma questão de "sorte", que eu tinha "sido premiado" com um exemplar ruim. Sou engenheiro, não acredito em sorte e sim "análise de causas e efeitos" e estatísticas. As reclamações aqui neste forum mostram o que rapidamente percebi: trata-se efetivamente de problema relativo ao carregamento da bateria e concentrado nos modelos 1.8, justamente aqueles que possuem maior consumo elétrico pelos opcionais eletronicos e necessitam de mais energia para "virar" o motor mais pesado durante a partida. Depois de 7 meses de muito reclamar e insistir, a Fiat enviou um de seus engenheiros à concessionária onde agendaram mais uma das muitas intervenções. Com a presença dele, foi feita a reprogramação do sensor IFB (aquele do polo negativo da bateria) e desde então o start-stop do meu carro começou há funcionar corretamente, já há 5 meses. Sendo justo, parabéns Fiat pelo conserto. Entretanto, noto que, pelo uso, durante o dia, a bateria carrega. À noite, os sensores (chave key-less, alarme, e outros), em stand-by promovem a descarga da bateria e o carro "amanhece" com a carga da bateria baixa outra vez. Fiz a revisão dos 10.000km algumas semanas atrás e agora está começando o inverno em Curitiba. Pelo consumo urbano elevado (5,5km/l álcool - 6,6km/l - gasolina) tenho abastecido o carro quase sempre com álcool. Agora começou a aparecer uma nova "pane": o carro liga aquecendo o sistema de injeção de álcool. Logo em seguida desliga e ocorre uma paralisação geral. Aparece uma mensagem de falha de comunicação entre a chave presencial e a central eletronica do carro, no painel fica registrado que o veículo está ligado mesmo estando desligado, não dá mais partida e não trava as portas. Isto já aconteceu umas 4 vezes sendo que numa delas tive que acionar o Confiat para levá-lo na concessionária. Lá chegando, desconectaram o polo negativo da bateria, fazendo um boot (assim como fazemos num computador quando o Windows "congela") e o Argo voltou a funcionar novamente. O chefe da oficina "passou o scanner" e não achou falha alguma. Disse apenas que "muita eletrônica é assim mesmo....". Sei lá o que pensar. Gosto do HGT. É bonito, por fora e por dentro, é o carro mais equipado da sua categoria e até de algumas acima, possui ótimo desempenho, impecável estabilidade e dirigibilidade. Mas, para mim, essa sucessão de pequenas panes já tirou o brilho de um carro em que paguei R$83 mil e equipei com todos os acessórios da Mopar investindo mais uns R$3 mil, prestigiando a Fiat. Ontem de manhã, novamente a falha apareceu, quase "me deixando na mão". Confesso que estou aborrecido e já quase decidido a vendê-lo e comprar um modelo mais confiável tal como um Honda Civic EXL ou um GM Cruze LTZ. Fico chateado de ter que me "desfazer" de um carro com um ano de uso e apenas 10.000km rodados. Mas, se pelo que vejo, não há muita esperança, a tecnologia do Argo apesar de inovadora, ainda não é confiável.