jordan Posted December 5, 2017 Share Posted December 5, 2017 Prezados colegas do Notícias Automotivas, estamos compartilhando com vocês as impressões que tivemos neste primeiro mês da aquisição, e bem como os motivos pelo qual adquirimos o veículo. Trata-se de um Fiat Argo, modelo HGT 1.8, com todos os opcionais possíveis exceto o câmbio automático. A pintura na cor branco Alaska realçou muito bem as formas do carro bem como as enormes rodas 17 polegadas. Veículo para mim (e provavelmente para todos os leitores daqui) é um assunto no qual podemos ser tendenciosos e fugir das tediosas caracteristicas técnicas, mas diabos, não compramos motores e chassis com rodas, então confesso, sem nenhuma vergonha que ao chegarmos na concessionária eu e minha esposa (também uma apaixonada por carros) vimos o veículo no meio do salão, em destaque. O carro nos olhava, e não o contrário. Vimos ele, abrimos suas portas e capô, vimos o painel e seus difusores de ar adornados por uma faixa vermelha (que coincidentemente nos lembrava do carro no qual chegamos na concessionária, um Fiat 500 vermelho, que tem a mesma característica). Tecnologias como ESC, hill holder, sensor crepuscular, câmera de ré, limpador automático nos impressionaram (pois algumas delas só existiam em carros topo de linha de outras marcas). Decidimos pedir para fazer um teste drive e o vendedor, com a sabedoria dos melhores profissionais do ramo, tirou o próprio carro que estávamos admirando. Após negociações de praxe (inclusive com visita a outra concessionária) fechamos o carro. Esquecemos inclusive as outras marcas e modelos de carros que analisamos (não entrarei nesses detalhes). Bônus acumulado de cartão de crédito e três primeiras revisões grátis dadas de presente pela Fiat também pesaram na decisão. O Argo HGT tem um porte diferenciado e a sua frente alta passa a sensação de um carro de porte superior. O design de Peter Fassbender remete a um quê dos modelos Alpha nas lanternas traseiras, com a dianteira musculosa obviamente buscando inspiração nas tendências do Fiat Tipo e Mobi. O modelo HGT tem a sua suspensão com uma calibragem mais dura que a versão Precision, mas compartilhando com o seu irmão discreto o motor 1.8 (ou 1,75 litro) e caixa manual. As rodas 17 polegadas com pneus 205/50 R17 infelizmente diminuem o raio de manobra por necessidade de geometria, mas sinceramente, agora quando vejo um Argo HGT equipado “só” com as rodas 16 polegadas fica a sensação de que falta algo. O motor 1.8 16V recebeu a denominação EVO e casou muito bem com o veículo. Apesar de ser um multi válvulas achei o comportamento em baixa rotação bom. A engenharia da Fiat o modernizou produzindo resultados notáveis (mais 7 cv) e também start stop e um coletor de admissão novo. Ao acelerarmos o veículo notamos esse admissão variável funcionando facilmente com o motor “enchendo” fácil e rápido. O desempenho poderia ser melhor? Lógico que sim, mas a proposta do carro provavelmente não iria caber no meu espancado orçamento (no cofre do motor caberia tranquilamente um 2.0 ou 2.4 da família Tigershark). Estamos no Brasil e carro novo acima dessa faixa de potência (139cv) facilmente superam os cem mil reais. Lembrando que o custo total de aquisição de um veículo no Brasil engloba o amaldiçoado IPVA, seguro e revisões em garantia (três anos no caso). A proposta é clara. Ele é um carro familiar com uma vestimenta esporte e nada a mais. O cluster de instrumentos do Argo é notável, com informações inclusive pouco usuais, como pressão de pneus, temperatura de óleo e nível energético da bateria. Esse ítem do carro é um membro genúino da família Chrysler/Jeep, sendo usado nos modelo Challenger e Renegade. A lista de modos de menus dele é extensa com inclusive capacidade de escolha de temas de fundo (cinza/vermelho/azul), mas o menu que sempre fica em evidência no meu carro é o de economia de combustível, que funciona junto com o seu melhor amigo, o start-stop. Estes dois itens tecnologicos ajudam o consumo de combustivel na cidade a ficar entre aceitáveis 11 Km a até 12 Km/l, e se tratando de um motor com essa cilindrada é bastante razoável. Se você pisar fundo (e chamar a “cavalaria”) o motor realmente produz um ruído instigante e ele por volta de 3.200 rpm está na sua faixa máxima de potência, mas tudo tem o seu preço, o consumo desce pela metade. É importante a comparação de consumo em Km/l juntamente com a média de Km/h. Só assim evitamos comparar grandezas diferentes. Fizemos uma viagem do Rio de Janeiro (Capital) para Vitória (Espírito Santo). A média da ida foi de 14,3 Km/l e o retorno foi a 14.6/l. O trabalho da Fiat do Brasil na suspensão do carro foi notável e na estrada, carregado com três adultos (e bastante malas) o veículo transmitiu segurança e deu conforto aos ocupantes. Importante ressaltar que viajo obedecendo as leis de transito do país e não busco fazer manobras criativas. O câmbio tem engates precisos e não tive problemas de adaptação ou erros com ele. Ele é escalonado perfeitamente e a quinta marcha segue engatada quase todo o tempo. A parte de infotenimento do carro está muito bem feita, com a central do carro espelhando aparelhos Android e Apple, sendo que no caso dos celulares da maçã não é possível mapas ou Waze por limitações da Apple, e não da Fiat. A segunda porta USB colocada em posição privilegiada para os passageiros do banco traseiro garante abastecimento para vários dispositivos como: tablets, mobiles ou mesmo videogames portáteis. A câmera de ré aparece automaticamente ao engatar a marcha, com setas indicadoras que mudam de direção ao virarmos o volante. O ar condicionado digital (com as suas três saídas centrais) consegue climatizar até o banco traseiro, com a ventilação possuindo excelente potência, embora uma saída para o banco traseiro sendo desejável. Não é dual zone mas possui modo automatico, bastando selecionar a temperatura desejada. O alarme de fábrica funciona de modo integrado na chave presencial, possuindo ainda as úteis funções de abaixar ou levantar os quatro vidros elétricos do veículo. A tampa da mala também possui um segundo botão para trancar o veículo ao ser fechada. Sensor crepuscular é um ítem de conforto que depois que nos acostumamos com ele, nunca mais é desligado, o mesmo vale para o retrovisor eletrocrômico. O sensor de chuva às vezes eu desligo visto que ao começar a chover ele funciona perfeitamente, mas eu fico tentando esperar quando ele vai funcionar e essa expectativa me tira um pouco da concentração em dirigir. Para não ficar só nos elogios, aqui vão três críticas: A inexplicável ausência de DRL; O controlador automático de velocidade ser um ítem somente vendido junto com câmbio automático; Freios a tambor nas rodas traseiras. Achei que um veículo topo de sua linha merecia ter isso. Agradeço ao espaço concedido aqui pelos editores do NA e responderei aos comentários sempre que perguntarem diretamente. Abraços. Por Basil Sandhurst (nick no Disqus) Fonte: Notícias Automotivas Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
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